terça-feira, 31 de março de 2009

Columbine, Virginia Tech e bullying


Embora não seja possível traçar um perfil dos
autores dos massacres em escolas e universidades,
encontramos neles um traço comum: o bullying.
O bullying pode ser definido como o ato de
atormentar outra pessoa através da perseguição
verbal, violência física ou através de métodos
mais subtis de coacção e manipulação. O abusador
faz uso do seu poder físico, estatutário ou
simbólico sobre a vítima, que é vista como um
alvo fácil de atingir. O bullying é uma ação negativa
com efeitos devastadores nas vítimas que
fiquem expostas durante muito tempo ao desconforto
e à dor causados quer pela violência física,
quer pela violência verbal e emocional. O bullying
conduz ao isolamento social e anda, muitas vezes,
associado a baixa auto-estima, depressão e
tendências suicidas.
O bullying pode ocorrer onde quer que haja
interacção social e é frequente em escolas e no
local de trabalho. A investigação sobre os efeitos do
bullying mostra que os indivíduos expostos, durante
muito tempo, à sua acção negativa têm mais probabilidades
de desenvolverem doenças relacionados
com o stresse e evidenciam mais comportamentos
suicidas.

O bullying pode manifestar-se através da chacota,
humilhação pública, empurrões, pontapés,
murros e outro tipo de violência física e verbal,
exercida com o objectivo de conduzir a vítima ao
isolamento social. Muitas vezes, o bullying manifesta-
se através de críticas persistentes, feitas em
público, à maneira de vestir, ao sotaque ou ao aspecto
físico da vítima. O recurso aos falsos rumores
sobre a vítima, ao escárnio e ao maldizer são,
igualmente, técnicas muito usadas. A vítima de
bullying tende a isolar-se como forma de se proteger
dessas agressões. O isolamento social pode
conduzir a estados de depressão, acompanhados
de sentimentos de vingança, ódio, baixa auto-
-estima e ressentimento.
Os massacres cometidos em escolas e universidades
têm um traço comum: os autores dos
massacres foram vítimas persistentes e continuadas
de práticas de bullying. Essas práticas ocorreram
sobretudo nos corredores, átrios, cantinas
e transportes escolares, ou seja, em áreas onde
a supervisão dos adultos é mais débil, mas onde,
supostamente, os alunos deviam estar em segurança.
Os autores do massacre da escola secundária de
Columbine, ocorrido no dia 20 de Abril de 1999,
perto de Denver, no Colorado, e que provocou 13
mortes, deixaram documentação escrita, num blog
e num website e em cadernos de apontamentos,
sobre a forma persistente e continuada como foram
vítimas de práticas de bullying, sobretudo por parte
dos alunos com melhor condição física (alunos
que faziam parte de equipas desportivas escolares)
e de estatuto social mais elevado. Tanto Eric
como Dylan, os autores do massacre de Columbine,
eram vistos como excêntricos e eram alvo
da chacota e do escárnio dos colegas, sobretudo
dos alunos considerados bons no desporto. Os
leitores interessados em aprofundarem o caso do
massacre de Columbine podem visitar este sítio.
O autor do massacre de Virginia Tech, ocorrido
no dia 16 de Abril de 2007, Seung-Hui-Cho, um
estudante de 23 anos da Coreia do Sul, documenta,
abundantemente, no manifesto que fez chegar à
NBC, as práticas de bullying a que terá sido sujeito
na universidade. Essas práticas incluíram, nomeadamente,
críticas à sua maneira de vestir, considerada
antiquada pelos colegas, à sua maneira
de falar, ao seu aspecto físico e às suas origens
étnicas. Nos dois casos, as vítimas de bullying reagiram
da mesma forma: compraram armas, isolaram-se
dos outros colegas, passaram cada vez mais tempo
a ver filmes e vídeos violentos e cruéis e criaram
um mundo secreto onde libertaram os seus demónios
e puderam preparar os massacres.
Há traços comuns em Eric, Dylan e Cho: a)
foram vítimas de bullying; b) tiveram acesso fácil
a armas de fogo; c) viviam isolados dos colegas;
d) foram expostos durante a adolescência a vídeos
e filmes de extrema violência e crueldade.
Provavelmente, são esses os ingredientes que
desencadeiam a disposição, a oportunidade e o
motivo.


segunda-feira, 30 de março de 2009

O bullying na internet: Cyberbullying


O cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conheçem a vítima. Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos. Infelizmente os meios tecnológicos que, a priori, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais. As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.
Por Gabriela CabralEquipe Brasil Escola

Entenda o Bullying e suas formas






No uso coloquial entre falantes de língua inglesa, bullying é frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco.
O cientista sueco - mas que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define bullying em três termos essenciais:
o comportamento é agressivo e negativo;
o comportamento é executado repetidamente;
o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas
O bullying divide-se em duas categorias:
bullying direto;
bullying indireto, também conhecido como agressão social
O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos.
A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido através de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:
espalhar comentários;
recusa em se socializar com a vítima
intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima
criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).
O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a
escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é típicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.

Características dos bullies
Pesquisas indicam que adultos agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou
dominar. Também tem sido sugerido que um déficit em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser fatores de risco em particular.
Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de
auto-estima.
Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a auto-imagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.
É freqüentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:
"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."
O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona através de abuso psicológico ou verbal.








domingo, 29 de março de 2009

Combatendo o Bullying


Conceito de Bullying :
Toda a agressao psicologica ou física que uma pessoa sofre ao ser zoada por colegas de classe por possuir características pessoais como: peso, altura, cor, idade, nacionalidade, enfim preconceitos em geral.
Dicas para combater o BULLYING:
Devemos em primeiro caso ignorar essas brincadeiras.
  1. Nao se deve apoiar os praticantes do bullying,nem rir de suas brincadeiras
  2. Devemos ajudar as pessoas que sofrem bullying, dialogar com os praticantes do bullying, mostrando que essas ofensas podem tazer muitos problemas psicologicos.
  3. Em casos extremos devemos procurar a ajuda dos pais e comunicar a diretoria da escola.