domingo, 5 de abril de 2009

Bullying em tirinhas.






Nessas três tirinhas esta sendo postado algumas formas de bullying que muitas vezes passam despercebidas e sao muito praticados por aqueles que tem mais força para tentarem subornar, violentar, agredir e menosprezar aqueles que tem uma força inferior.
Esta é uma forma divertida de mostra-los esse sério assunto que é o Bullying.

sábado, 4 de abril de 2009

Nao é faroeste, é vida real.


FILME BANG BANG VOCÊ MORREU:

Imagine se a cada manhã você acordasse pensando que deveria cantar "jingle bells" para algum brutamonte, ou que talvez fosse o escolhido para entrar de cabeça numa cesta de lixo ou em um vaso sanitário. Imagine o riso debochado de todos seus colegas naquele momento, sem que você pudesse reagir. E imagine se isto se repetisse a cada dia, durante três anos. Estas são algumas das cenas do filme Bang bang, você morreu, dirigido por Guy Ferland, que descreve o drama de Trevor Adams (Ben Foster), um excelente aluno, que depois de ser humilhado por um dos jogadores do time de futebol da escola, ameaça explodir o prédio durante o período de aulas, porém usa uma bomba de mentira. Depois disto, mais deslocado do que antes, sofrendo a constante desconfiança dos colegas e sendo mal compreendido pela maioria dos professores, Trevor está pronto para cometer algo realmente violento contra seus colegas.Preocupado com a crescente violência na escola e sensível à situação vivida por Trevor, Mr. Duncan (Tom Cavanagh), professor de cinema e teatro, o convida para ser o ator principal da peça que dá nome ao filme - Bang bang, você morreu - que o leva a encarar sua situação e as conseqüências de agir motivado pela vingança. Mas a peça é mal compreendida por pais e professores, que entendem que ela pode estimular a violência e é censurada pela direção da escola."Um empurrãozinho diante de outros garotos, é algo muito relevante... especialmente, quando você sabe que vai acontecer todos os dias. Você fica quase aliviado quando acontece..." Esta é parte de uma das cenas mais marcantes do filme, quando Trevor faz, em uma de suas produções cinematográficas secretas, um desabafo que deveria nos levar a refletir sobre o efeito que atos aparentemente insignificantes exercem na vida de um garoto ou garota. Embora existam muitas teorias sobre como lidar com os adolescentes, é praticamente impossível prever o que realmente passa na mente deles e qual é a lógica de seus atos e pensamentos. Embora alguns professores questionem os efeitos que este filme poderia exercer sobre os alunos - ironicamente, o filme foi censurado em algumas escolas pelo mesmo motivo que a peça foi vetada em Bang-bang - esta é uma excelente opção para ser analisada por professores e alunos sobre a importância de um tratamento digno para com o semelhante. Já na superfície, encontramos questões para serem analisadas pelos professores, tais como a maneira de encarar a violência na escola, preconceito contra "alunos-problema" e a diferença que um gesto de confiança por parte do professor pode fazer na vida de um aluno. Para os alunos, traz a questão das brincadeiras de mau gosto que são comuns na escola, e o que a falta de respeito para com o semelhante pode trazer como conseqüência para a vida de uma comunidade. A peça, também intitulada Bang bang, você morreu, que inspirou a produção do filme de Ferland, estreou em 7 de abril de 1999 em Eugene, Oregon, e de acordo com a própria produção do filme, já foi copiada do site (www.bangbangyouredead.com) mais de 100.000 vezes e reproduzida em escolas, igrejas, e centros comunitários dos Estados Unidos e do mundo.


Cléia Kattwinkel

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Horror numa escola alemã


Na manhã da quarta-feira passada, um jovem de 17 anos abriu fogo numa escola secundária alemã, matando a sangue-frio nove estudantes de 14 a 16 anos e três professores. A maioria dos alunos foi baleada na nuca e alguns corpos foram encontrados ainda com a caneta entre os dedos. Tim Kretschmer, o assassino, saiu então às ruas de Winnenden, pacífica cidadezinha de 27.000 habitantes, próxima a Stuttgart, tomado por fúria assassina. Abateu um funcionário da clínica psiquiátrica em frente à escola, roubou um carro, matou mais duas pessoas numa loja de veículos e trocou tiros com a polícia. Só parou quando foi ferido nas pernas pelos policiais. Suicidou-se então com um tiro na cabeça.
A chacina deixa pais e autoridades com a desconfortável sensação de impotência. Vasculhar a vida do assassino para dar um sentido ao crime absurdo muitas vezes é uma busca vã. Kretschmer tinha amigos, família abastada e estudava em uma escola profissionalizante. Era exímio no tênis de mesa. É fato que adorava Counter Strike, um videogame violento, mas isso não explica nada. "Tim não jogava mais no computador nem via mais televisão do que eu ou qualquer outro de meus amigos", afirmou um de seus ex-colegas à revista alemã Der Spiegel. Seu único sinal de alerta foi um surto depressivo, no ano passado. Provavelmente não por coincidência, uma de suas vítimas trabalhava na clínica psiquiátrica em que ele fizera o tratamento. O problema não é o excesso de armas, como nos Estados Unidos. A legislação alemã restringe com rigor a posse de armas de fogo. A Beretta 9 milímetros usada pelo adolescente pertencia a seu pai, frequen-tador de um dos inúmeros clubes de tiro na Alemanha rural. Em sua casa havia dezesseis armas guardadas em um cofre, e Kretschmer usou a única disponível, deixada em uma gaveta no quarto do pai.
O crime brutal ressoou pela Europa, que sempre viu ataques às escolas como típicos dos Estados Unidos. Já não é assim. Foi depois do massacre na escola Columbine, há dez anos, em que dois adolescentes americanos vestidos de preto assassinaram treze colegas antes de cometer suicídio, que crimes parecidos se tornaram mais frequentes na Europa. A Finlândia já contabiliza dois e a Alemanha viveu agora o terceiro. Uma explicação seria o efeito imitação. "Esse é um crime de alto impacto, que pode levar pessoas com perturbações psicológicas a imitá-lo", diz o psiquiatra forense José Geraldo Taborda, de Porto Alegre. "O problema é que quase nada pode ser feito para contê-lo."
http://veja.abril.com.br/180309/p_103.shtml

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Caso Virginia Tech: Dúvidas e esclarecimentos.


O assassinato de 32 pessoas, 29 estudantes universitários e três professores, no início da última segunda-feira, em Virginia Tech, universidade norte-americana, mais uma vez choca o mundo e exibe a cultura de guerra presente naquele país. Hiroshima, Vietnã e Iraque somados transformaram-se em um vírus que penetra no subconsciente de
grande parte dos jovens norte-americanos, e a qualquer momento pode tomar forma em um novo massacre nas escolas.Enquanto o Serviço Secreto fica correndo atrás de prováveis bombas nos aeroportos e nos aviões, de terroristas islâmicos, outras bombas são armadas na cabeça de estudantes que copiam o modelo dos super-heróis, que eles adoram, e transformam-nos, assumindo a sua face mais monstruosa e exibindo a sua angústia pessoal e o caldo de cultura altamente explosivo que eles recebem desde a infância.

O alucinado que perpetrou o massacre é um sul-coreano de 23 anos, que queria se vingar da ex-namorada e do atual namorado dela, e que fez tudo por amor. Que amor mais avassalador esse que mata mais de três dezenas de pessoas e que provocaria a morte de trezentas ou até mais se tivesse munição para isso. Ele era um coreano legalizado, aculturado, que morava no país desde pequeno e que possuía a senha mágica que todo imigrante persegue como se fosse sinônimo de realização plena: o green card (cartão verde) que também funciona como um destruidor da própria identidade do indivíduo.Nos Estados Unidos, cultua-se muito mais a morte do que a vida, o consumismo é o valor que norteia o dia-a-dia de cada um, a tecnocracia soterrou a filosofia, o humanismo e outros valores que contribuiriam para desarmar os corações e colocar as emoções nos lugares devidos.Os armamentos que sustentam as guerras em quase todas as partes do mundo e também a economia norte-americana são os mesmos que fornecem pistolas e rifles para estudantes liberar a sua ira da forma mais selvagem e primitiva possível. Só que há um detalhe: os primitivos originais não faziam tamanho estrago porque só possuíam pedras e porretes.Os civilizados do século XXI, fundamentalistas de mercado, são vítimas e ao mesmo tempo engendradores do terror que recebem da própria educação e da cultura que os incita a consumir, a se drogar, e matar é só uma conseqüência da lavagem cerebral muito bem feita. Ver as fotos dos estudantes em Virginia Tech, em estado de choque, e perceber neles a sensação de que de agora em diante a insegurança será maior porque a doença da civilização em que estão inseridos está em movimento, e não irá parar por aí, destruindo a vida e os sonhos , porque traz a neurose como valor imprescindível


Caso Columbine: Como aconteceu. Duvidas e explicaçoes!


Apenas uma agulha no palheiro? SHERYLGAYSTOLBERG As balas ainda ricocheteavam na Columbine High School quando começaram as acusações. As pistas haviam sido ignoradas: músicas góticas, capas pretas, videogames nos quais a palavra combate era escrita com K. Os xerifes não notaram os desvarios nos sites da Web. Os psiquiatras não perceberam a raiva oculta. Os pais não sabiam das bombas caseiras feitas com canos. Se ao menos alguém tivesse percebido os sinais de advertência, uma tragédia terrível poderia ter sido evitada. Esse é um pensamento reconfortante para uma nação amedrontada e pesarosa. Mas, visto pelo prisma da ciência, isso não é necessariamente verdade. De fato, se ainda resta alguma coisa a dizer sobre a recente tragédia de Littleton, no Colorado, talvez seja isto: a fria e dura realidade do massacre escolar mais trágico da história americana é que o episódio foi o equivalente estatístico a uma agulha no palheiro. Como eventos como aquele são tão raros, e como é impossível eliminar os riscos da vida, talvez não haja lições maiores a inferir nem meios de prevenir a sua repetição. Consideremos os números. O homicídio é a segunda causa principal de morte entre os jovens. Mas, de acordo com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças, menos de 1% dos homicídios infantis ocorrem nas escolas ou nas suas imediações. Embora o número de disparos de armas de fogo registrados em escolas, com múltiplas vítimas - o tipo de incidente que atrai grande atenção da mídia -, tenha aumentado, recentemente, da média de dois para a média de cinco por ano, o total anual diminuiu. "A realidade é que as escolas são um ambiente muito seguro para as nossas crianças", disse o dr. Jim Mercy, diretor-associado para Ciências da Divisão de Prevenção de Violência dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. "Seria muito difícil prever ou identificar de antemão os tipos de crianças e a constelação de fatores que tenderão a levar a esse tipo de acontecimento." E acrescentou: "Eles são tão raros, o número de escolares é tão grande e nossa compreensão dos motivos que levam as pessoas a ser violentas é tão vago que essa tarefa seria muito difícil." Entretanto, existe o desejo de analisar, de compreender, de prevenir. Após tragédias como a de Littleton, onde dois adolescentes armados mataram 13 pessoas e depois se suicidaram, sociólogos, psicólogos e peritos em Direito Penal são interrogados pela mídia, na busca coletiva das falhas da sociedade, mais ou menos como os investigadores do setor de aviação procuram defeitos em lemes de direção ou linhas de combustível rompidas após um acidente de avião. Mas os riscos não podem ser eliminados. Cirurgiões exímios ainda matam pacientes. Furacões ainda destroem cidades. "Muitas coisas acontecem por acaso no mundo", observou o dr. John D. Graham, diretor do Centro de Análise de Riscos da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. "Para entender que não é possível o risco `zero' é preciso compreender que muitas coisas não são totalmente explicáveis." Essa afirmação é verdadeira em relação aos acidentes de avião e também em relação a disparos em escolas. Na semana passada, quando procuradores-gerais estaduais se reuniram em Jackson, no Mississippi, para uma conferência de dois dias sobre violência juvenil, as autoridades de Littleton enviaram uma mensagem tranqüilizadora: desde muito tempo antes elas estavam em boa posição para prevenir o massacre de Columbine. Seu condado já contava com um dos poucos centros de avaliação juvenil do país. As crianças recebem uma boa educação e cuidados de saúde. E um dos jovens atiradores, Eric Harris, já estava recebendo tratamento psiquiátrico. Entretanto, 15 pessoas morreram. A maioria das pessoas interpretou o episódio como um sinal inquietante de que um bom sistema falhou. O dr. Arnold Barnett, professor de Estatística do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, afirma que pode significar o contrário: um bom sistema funcionou. "Esse caso poderia representar uma aberração", disse Barnett. "Até medidas com alto índice de sucesso, que em 99,9% dos casos evitam tragédias em potencial, poderão falhar de vez em quando. As pessoas procuram sentidos mais altos e tentam encontrar grandes falhas que poderiam ter causado grandes tragédias como essa. Mas isso nem sempre funciona dessa forma." Em vista da constatação de que vasto número de crianças em idade escolar porta armas, é surpreendente que esses tiroteios não ocorram com maior freqüência. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, 5,9% dos l5 milhões de alunos das escolas de segundo grau declararam ter portado uma arma nos 30 dias que antecederam uma pesquisa recente. "Contudo", ressaltou o dr. Jeffrey Fagan, diretor do Centro de Pesquisas e Prevenção da Violência da Universidade de Colúmbia, em Manhattan, "eles não disparam suas armas." "Quando se começa a pensar em risco", ponderou Fagan, " a conversa muda da guerra de cultura que está sendo travada sobre vídeogames, supervisão paterna e materna e a alienação dos subúrbios. Ela muda para um enfoque mais prático, que nos diz: `Às vezes, coisas ruins acontecem e nós nem sempre podemos explicá-las'." Quando peritos em saúde pública examinam os riscos a que os jovens estão sujeitos, os homicídios, que representam14% do total de mortes entre crianças, vêm em segundo lugar. A maior ameaça é representada por acidentes, principalmente automobilísticos, que são responsáveis por 42% das mortes de crianças. Segundo o dr. Graham, de Harvard, o "arrebatamento emocional" em relação a Littleton envolve um perigo: "Ele desvia as energias dos grandes riscos que os adolescentes enfrentam, que são o alcoolismo, acidentes de trânsito, sexo sem proteção." Entretanto, as pessoas anseiam por explicações e é inquietante pensar na possibilidade de que nem tudo está sob seu controle. "As pessoas têm necessidade de acreditar que vivem num mundo justo, para seu próprio bem e sua sanidade", considerou o dr. Melvin Lerner, professor de Psicologia aposentado da Universidade de Waterloo, em Ontário. "Ao deparar com coisas obviamente horríveis, passamos a procurar alguém a quem responsabilizar por isso." As pessoas também procuram identificar padrões. O massacre de Columbine foi o sexto tiroteio registrado em escolas, com vítimas múltiplas, nos últimos 18 meses. Se há aspectos comuns a esses casos, notou o dr. Fagan, consistem no fato de que todos eles envolveram armas de fogo, doença mental não diagnosticada e antigos ressentimentos dos atiradores. "Nenhum desses três riscos, separadamente, produz um acontecimento violento", ponderou. "É a sua convergência e interação que o produz." Na última década, o Centro de Controle de Doenças dedicou considerável atenção à investigação da violência como ameaça à saúde pública, tentando examinar as tendências. Mas suas pesquisas só arranharam a superfície, fornecendo informações sobre "o que", "onde" e "quando" dos tiroteios em escolas, mas quase nada se apurou sobre o "porquê". Agora os cientistas sabem que, entre 1º de julho de 1992 e 30 de junho de 1994, dois terços das vítimas de tiroteios em escolas foram os alunos; dentre as crianças mortas, 83% eram meninos. As mortes ocorreram em 25 Estados, em comunidades de todos os tamanhos. Menos de um terço dos disparos, 28%, porém, ocorreram dentro de escolas. "O que não conseguimos fazer", disse o dr. Mercy, do Centro de Controle de Doenças, "é traçar um perfil psicológico dos agressores, para analisar os pontos em comum." Há uma história muito conhecida sobre o dr. John Snow, médico de Londres que atribuiu a responsabilidade por um surto de cólera a uma bomba que vertia água contaminada. Ele removeu a alavanca da bomba. Seu gesto não limpou a água, mas pôs fim à epidemia. Da mesma forma, observou o dr. Alfred Blumstein, diretor do Consórcio Nacional de Pesquisas sobre Violência da Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, há um meio simples de lidar com os tiroteios nas escolas: eliminar o acesso às armas. "As armas", enfatizou, "transformam um comportamento amplamente difundido entre adolescentes em tragédias." Também seria possível eliminar os videogames, ou a Internet, ou fechar as escolas, ou internar as crianças perturbadas. Mas isso simplesmente criaria outros riscos, considera o dr. Graham, como o de crianças sem supervisão ou vadias. Contudo, mesmo na ausência de soluções, segundo o dr. Lerner, a busca ainda pode ser útil. "Poder-se-ia argumentar", disse ele, "que essa é a única resposta racional."